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Phil Collen, guitarrista do Def Leppard, confirma: “estamos apenas aguardando o momento de irmos ao Brasil”.

 

Uma das bandas mais importantes da história do rock mundial, o Def Leppard, está lançando seu mais novo disco, que traz o nome da banda como título, e será o 11º álbum de estúdio da banda. Paralelo ao lançamento do disco, o lendário guitarrista do Def Leppard, Phil Collen, também está lançando sua autobiografia, chamada ‘Adrenalized’ e, recentemente, lançou o álbum de estreia de seu projeto paralelo, o Delta Deep, o álbum, assim como ‘Def Leppard’, também traz o nome da banda [Delta Deep] no título.

 

Conversamos com Phil sobre todos esses lançamentos, as lembranças do Brasil (acreditem, más lembranças), e muito mais. Confira:

 

Pedro Gianelli: Sobre o lançamento do álbum ‘Def Leppard’, quando eu ouvi o primeiro single divulgado, ‘Let’s Go’, me lembrou muito algo do álbum ‘Pyromania’, e isso é incrível! Mas o que você acha? O novo disco lembra algum álbum do passado ou é um estilo totalmente novo?

 

Phil Collen: Obrigado! Na verdade, nós não lembramos de outro álbum, nós não tínhamos ideia do que iríamos fazer,nós nem pensávamos em gravar um novo álbum, tínhamos apenas uma guia de música, tudo correu naturalmente, e então, quando percebemos, tínhamos gravado 12 músicas em uma semana. Então isso o torna totalmente diferente de algo que já tenhamos feito antes.

 

P.G.: E sobre seu novo projeto, Delta Deep, é um grupo de blues. O que fez você tocar algo tão diferente do estilo do Def Leppard?

 

P.C.: Quando eu comecei a tocar guitarra, minhas influências eram: Richie Blackmore, Jimi Hendrix, Jimmy Page, e todos eles tinham essa característica do blues. E eu sempre toquei nesse estilo, quero dizer, as músicas do Def Leppard não são blues, mas o espírito do blues está dentro de mim, no jeito de tocar guitarra, é quando você toca com a alma, com toda sua energia. E eu sempre amei coisas como James Brown, por exemplo. O Delta Deep é algo muito natural.

 

P.G.: E é uma banda muito misturada, e isso faz o Delta Deep tão especial. Em uma ou duas palavras, como você descreveria o Delta Deep. E por quê?

 

P.C.: [...] Real. Digo isso porque o que fazemos não tem nada planejado, ou algo pré-editado, tocamos blues, e tudo que sai nas guitarras, vozes, baixo, bateria, é uma reação, é o sentimento do momento. É totalmente real. É como se provocássemos uma dor e ao mesmo tempo temos a cura para ela. É algo incrível!

 

P.G.: O Delta Deep lançou seu primeiro álbum, com vários grandes convidados, como Joe Elliott (vocalista do Def Leppard). Como foi tocar com Joe em uma música que não era do Def Leppard?

 

P.C.: Joe e eu, nos encontramos muito, e sempre sentamos, pegamos um violão, tocamos algo diferente do que fazemos, tocamos algo como David Bowie. Então foi uma situação muito normal para nós, era apenas um encontro de amigos que gravamos e colocamos em um disco.

 

P.G.: E vocês já estão trabalhando em um novo álbum do Delta Deep, ou apenas esperando a poeira abaixar?

 

P.C.: Sim, estamos preparando algo novo. Na verdade, nós estamos em um momento muito inspirador. Escrevi algumas músicas há dois dias atrás, e já fomos gravar ela em um estúdio na Califórnia. Estamos fazendo algo no estilo de uma Jam. Mas vamos lançar esse novo álbum perto do Natal.

 

P.G.: A formação do Delta Deep é: você (guitarra e vocal), Debbi Blackwell-Cook (vocal), Forrest Robinson (bateria) e Robert DeLeo (baixo). Como você percebeu que essa era a formação perfeita para o Delta Deep?

 

P.C.: Forrest trabalhou com grandes artistas do R&B, ele ouviu a demo e disse ‘eu quero tocar com vocês’, e queríamos muito ele na banda. Todos na banda têm caminhos totalmente diferentes na música, eu já conhecia Robert DeLeo, pois ele tocava Hard Rock, no Stone Temple Pilots, e ele toca com uma paixão incrível! Debbi canta há muito tempo, e ela tem uma das vozes

mais lindas que já ouvi. Sem dúvidas, essa é a formação perfeita!

 

P.G.: Bom, além de todos esses lançamentos, você também está lançando sua autobiografia, ‘Adrenalized’. E o Def Leppard tem várias histórias para contar, boas e más. Mas, de volta a 1984, em um dos momentos mais difíceis da carreira do Leppard, o acidente em que Rick Allen (baterista da banda) sofreu e perdeu seu braço esquerdo. Essa história estará no seu livro? Poderia nos contar como foi aquele dia para você? Como foi receber essa dura notícia?

 

P.C.: Eu estava em Paris, era réveillon. E o nosso empresário me ligou para me contar o que tinha acontecido, mas eu simplesmente não entendia aquela história. Foi a primeira vez que ninguém da banda falava uma palavra, não sabíamos o que iria acontecer depois daquilo. Foi muito estranho. Foi uma das piores sensações que já vivi. Mas com o passar do tempo, você prova para as pessoas que não somos apenas uma banda, somos uma família. E quando alguém precisava, nos tornávamos mais forte. Foi ali que soubemos o que é uma real experiência de vida.

 

P.G.: E existe algum plano de lançar ‘Adrenalized’ em outras línguas, especialmente o Português?

 

P.C.: Oh, na verdade, não sei. Mas acho que não.

 

P.G.: Vocês são algumas das lendas do Hard Rock. Mas ainda estão tocando bem, em boa forma. Qual é o segredo para isso?

 

P.C.: Bom, vou falar por mim, acredite, eu não bebo álcool (risos). O álcool tem muito açúcar e ácidos, faz você fazer coisas malucas. Basicamente, é isso. Também faço exercícios físicos, é preciso fazer algo para manter uma consistência. Eu sei, algumas vezes é difícil, mas depois você faz por prazer. Essa é a coisa certa a se fazer.

 

P.G.: Muitos monstros do rock estão anunciando suas turnês de despedidas, Mötley Crüe está fazendo isso, Aerosmith, segundo Steven Tyler, fará sua despedida em 2017. Mas sobre o Def Leppard, vocês alguma vez já conversaram sobre uma possível turnê final?

 

P.C.: Não! Nem ao menos pensamos nisso! Ainda temos muito combustível no tanque, temos muito o que fazer ainda. Ok, existem algumas bandas fazendo isso, mas nós ainda gostamos uns dos outros, e amamos uns aos outros, adoramos o que fazemos, essa é a grande diferença nossa para eles.

 

P.G.: Obrigado, nós, fãs de Def Leppard, realmente agradecemos isso! (Risos)

 

P.C.: (Risos) Sim! Eu e Vivian [Campbell] estávamos conversando sobre isso recentemente, depois de 25 anos, ainda dividimos o mesmo camarim, amamos ter a companhia uns dos outros, conversamos, brincamos, isso é o Def Leppard.

 

P.G.: E com essas bandas se aposentando, quem você acha que será a próxima lenda do Rock. Ou não existe ninguém para isso?

 

P.C.: Eu não sei. Eu vejo muitas bandas por aí, elas realmente não são como as bandas de antigamente, mas elas fazem o que têm que fazer. Isso é legal. Eu vou muito a shows de bandas novas, e posso ver que elas sonham com isso, elas gostam de divertir as pessoas que estão vendo elas.

 

P.G.: Eu realmente tenho que me desculpar por isso, mas... Um momento que o Def Leppard nunca vai esquecer é sua passagem pelo Brasil em 1997, com apenas 200 pessoas no show. Mas podemos nos redimir em um novo show do Def Leppard aqui no Brasil em breve? Estou perguntando isso, porque dois ou três anos atrás, vocês gravaram um vídeo falando sobre um show que fariam na Allianz Arena (São Paulo).

 

P.C.: Uh! (risos) Nós adoraríamos tocar aí! Fomos convidados para um evento no Brasil, estamos apenas esperando o momento de podermos ir!

 

Phil Collen, além de dar a boa notícia para os brasileiros, mandou um recado para os fãs, confira AQUI!

 

#VamosMusicalizar

(www.vamosmusicalizar.wix.com/musicalize)

 

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