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Temos um novo ícone do rock nacional... E ela é mineira!

Dona de uma voz incrível e de uma presença de palco que dá inveja em muitos “grandes” artistas, a mineira Gabi Mello está na fase final do quadro ‘Mulheres Que Brilham’, do Programa Raul Gil.

 

É a segunda vez que a belo-horizontina participa do programa – na última, ela chegou à final, mas não faturou o prêmio. Em entrevista exclusiva ao #VamosMusicalizar, Gabi falou tudo sobre o programa e sua carreira. Confira:

 

Pedro Gianelli: É a segunda vez que você participa do ‘Mulheres Que Brilham’, o que mudou na sua carreira, no seu jeito, da primeira vez que você entrou naquele palco para agora?

 

Gabi Mello: Essa edição é um pouco mais especial do que as outras, porque eles reuniram as melhores dos três anos do quadro, então entramos com uma responsabilidade maior. A principal diferença que notei do ano passado para cá, é a experiência de palco, é uma visão completamente diferente de um palco normal, estamos sendo julgadas. Neste ano, me sinto muito mais bem preparada do que no ano passado, me sinto mais artista. Mudamos muito como artistas depois que subimos no palco do Raul Gil, vamos para outro nível.

 

P.G.: Você faz parte de uma das cenas de rock mais férteis do país, que é a cena de BH, mas ao mesmo tempo, é uma das cenas mais esquecidas. Por que isso acontece? O que vocês fazem para combater esse esquecimento?

 

G.M.: Ela é lembrada no rock, mas é esquecida na música autoral. As pessoas esqueceram de produzir, e pararam de surgir novas coisas, a criação parou, talvez por uma questão de comodismo. Porque viram que uma deu certo, aí querem tocar, mas querem tocar músicas dos outros, mas não querem criar. As pessoas aqui não querem ouvir coisa nova e as bandas não querem arriscar fazendo coisa nova.

 

P.G.: Eu ouvi algumas músicas sua, e são simplesmente incríveis. Você já lançou um EP, mas quando poderemos ver um álbum seu?

 

G.M.: Na verdade, era para sair esse ano ainda (risos), mas por questões governamentais, não saiu (risos). Mas acredito que até março do ano que vem saia. Mas vai ter música nova antes disso.

 

P.G.: Quais são as dificuldades de uma artista underground, do rock, em manter uma agenda de shows e compromissos?

 

G.M.: Tudo no Brasil está difícil, sendo underground ou não. Os artistas que antes não se bancavam, hoje estão se bancando, porque não estão tendo retorno. Então, acabamos trabalhando em dobro, querendo ou não. Porque hoje não faz tanta diferença se você está em uma gravadora ou não, temos que trabalhar por nós mesmos, com pessoas próximas a nós trabalhando conosco, até pela questão da confiança.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

P.G.: Ao mesmo tempo em que falo que a cena de BH é um pouco esquecida, lembro de ter visto algumas garotas com o mesmo visual seu. Ou seja, você tem uma legião de fãs fiéis, como é isso para você? Como é o sentimento de saber que sua música de alguma forma faz a diferença na vida dessas meninas? Você já pensava nisso antes?

 

G.M.: Eu nunca imaginaria isso. É muito bom saber que o que você faz, possa levar uma mensagem para a vida das pessoas, mas ao mesmo tempo, é uma responsabilidade muito grande, mas é muito bom também, porque tentamos, com isso, fazer e passar o máximo de coisas positivas. Ser exemplo para alguém é incrível, pois sou o que sou no palco, não estou fingindo ou dentro de uma personagem, então, se o que sou agrada as pessoas, fazem com que elas se inspirem, queiram seguir, é algo sem descrição.

 

P.G.: Soube que quando você estava começando, você tinha uma veia pop. Como foi a transição de uma quase Spice Girl para o rock (risos)?

 

G.M.: (risos) Na verdade, o pop na nossa época, na época da MTV, nos anos 90, era bem próximo do rock que tinha na época. Tinha o VMA, e então, tinha Offspring com Spice Girl, com Backstreet Boys, então era tudo muito próximo. E realmente, ser uma Spice Girl era o objetivo de vida (risos), queria ser como elas, subir no palco, e é muito bom! Muito melhor do que o pop que temos hoje. Se você ver os discos do Hanson, Backstreet Boys, o instrumental é algo pesado, tanto estúdio quanto ao vivo. Um exemplo disso é o Michael Jackson, tocava com guitarristas como: Slash, Eddie Van Halen. É o cara pop mais rock que existe! No início, quando fiz a primeira banda – Karmin –, tínhamos esse estilo mais pop, depois montamos um trio, em que tocávamos jazz, blues, soul, e depois fui entrando com tudo no rock.

 

P.G.: E depois do ‘Mulheres Que Brilham’? Como vai ser o momento em que sentar no sofá, e ‘acabou!’?

 

G.M.: Não sei como vai ser. Temos uma rotina muito corrida, quando acabar não sei como será não ter essa rotina mais. Temos uma exposição muito grande, e adquirimos uma experiência muito grande toda vez que entramos naquele palco.

 

Gabi Mello ainda mandou um recado para os seus fãs, através de um vídeo, que pode ser visto AQUI

 

#VamosMusicalizar

Gabi Mello é a nova versão da Janis Joplin. Uma voz rouca, que entra no fundo dos ouvidos, e é impossível de não querer ouvir de novo 
 

Pedro Gianelli

Foto: Rodrigo Arrasta

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